Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : FRENTE A FRENTE Eunício afirma que governos precisam evitar desperdício e não criar mais impostos

4 de dez. de 2014

FRENTE A FRENTE Eunício afirma que governos precisam evitar desperdício e não criar mais impostos

Anderson Pires
jornalismo@cearanews7.com.br


Em entrevista ao Programa “Frente a Frente” da Rede Vida, na noite desta quarta-feira (03), o líder do PMDB e da Maioria voltou a se posicionar contra a criação de novos impostos.
 Eunício Oliveira argumentou que o momento exige dos governos medidas que evitem o desperdício de recursos públicos, os quais devem ser aplicados de forma correta e em investimentos e serviços com retorno à população. 
“Trazer mais carga tributária, sacrificando ainda mais o contribuinte, não contará com a aprovação do líder do PMDB. Nosso partido defende mais responsabilidade com os recursos públicos, aplicação eficiente e retorno à população através de serviços de qualidade, sem que para isso seja criado mais um tributo”, afirmou.
 Como exemplo da má aplicação de recursos, Eunício citou ações do governo do Ceará que através de empréstimos está bancando obras que não são prioridades para a população, como um grande aquário e um teatro de ópera, cada uma somando mais de R$ 1 bilhão. 
    “O Ceará tem em torno de 174 municípios em calamidade pública, passando sede, sem água potável, muitos municípios sem a condição de receber ao menos o recurso do carro pipa, enquanto o governador gasta mais de um bilhão de reais para a construção de um aquário. Que prioridade é essa?”, questionou.  
 Sobre a aprovação da alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para atingir a meta do superávit primário, o líder peemedebista afirmou que essa não reflete uma ação desejada por todos, mas é necessária no atual cenário econômico. “Nós fizemos um compromisso com o Brasil e entendemos que ela (mudança na meta fiscal) não devia ter acontecido, mas nesse momento é a melhor solução para que não se perca os empregos, essa geração de emprego e essa estrutura de sustentação”, argumentou.
 
Eunício sustentou que a dificuldade para aprovação da matéria neste final de ano se deve a renovação das bancadas tanto na Câmara e no Senado e que muitos parlamentares, que não terão mais mandato ano que vem, estão desanimados para terminarem seus trabalhos no Congresso. 
“Há uma transição no Congresso Nacional. Dos 27 Senadores que foram às ruas, somente seis ou sete foram reeleitos. Essas pessoas que perderam as eleições, perderam o entusiasmo pelo término do mandato. Na Câmara, o percentual de renovação é de 40%. A base está num processo de transição. É difícil trazer aqueles que perderam as eleições para se engajar com esse final de mandato”, disse.
 Para melhorar a relação da presidente Dilma Rousseff com o legislativo, Eunício defendeu que a chefe do Executivo dialogue mais com sua base e mantenha reuniões frequentes com os líderes das bancadas. “A presidente precisa dialogar mais com a base, e pelo menos uma vez por mês, ter reuniões sistemáticas com seus líderes para a convivência harmoniosa entre os dois poderes. Até para unificar essa base que é fundamental para a sustentação do governo Dilma”, sugeriu.
 Reforma Ministerial
De acordo com o senador cearense, o PMDB tem discutido tranquilamente as mudanças que estão ocorrendo na Esplanada dos Ministérios e como participa do governo através do vice-presidente da República, Michel Temer. "É natural que seja chamado para participar da gestão, da administração. Cabe a Presidente dizer que tem tal espaço para o partido e debater se aceita ou não. Se o PMDB terá essa ou outra participação, cabe a presidente Dilma decidir”, afirmou.
 Sobre a ventilação de que seu nome estaria sendo cotado para assumir um dos ministérios do governo Dilma, Eunício garantiu que seu destino na política é o que foi dado pelos cearenses ao depositar seu voto na urna e que se sente feliz como líder do PMDB no Senado. 
Em relação aos nomes que se colocarão para a disputa da presidência do Senado, Eunício disse que a discussão não deve ser realizada neste momento, já que o atual presidente da Casa ainda não se manifestou se deseja concorrer à reeleição ou não. Questionado se desejaria concorrer ao cargo, o cearense afirmou que esse seria o desejo de todo parlamentar, presidir a Casa para a qual foi eleito, mas que essa é uma decisão a ser tomada dentro de um processo político negociado dentro da bancada e junto com os demais partidos.
Governo Dilma
Quanto a expectativa do novo governo Dilma, Eunício se mostrou confiante de que a presidente fará uma boa administração mas que para isso, é preciso colocar em prática os discursos propagados durante a campanha e que escute os clamores registrados na última eleição. “O governo precisa se reinventar. Foi eleita (Dilma) em um novo cenário econômico, político e de novas coligações, é preciso adequar ao que foi colocado para opinião pública. Muitas coisas podem ser naturalmente modificadas”, finalizou.

* Com informações da assessoria de Eunício Oliveira (PMDB)

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