Lançado essa semana pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o projeto “SOS Jornalistas”, está tendo uma boa repercussão na mídia. A “Folha de S.Paulo” divulgou hoje (21) a iniciativa da entidade. O portal “Jornalistas&Cia”, o site “A Tribuna de Hoje” e o portal “Comunique-se”, entre outros blogs e sites espalhados por várias cidades do país, também publicaram matéria sobre o projeto.
Com o objetivo de impedir que crimes contra comunicadores fiquem impunes, a ABI colocou em prática o projeto “SOS Jornalista”. Trata-se de espaço para que profissionais possam relatar os casos de violência e abusos de veículos de comunicação em relação ao exercício da profissão. Os profissionais devem acessar o site da entidade (www.abi.org), fazer o cadastro e suas denúncias.
Todas as postagens com relatos de violência serão avaliadas pelos moderadores antes de se tornarem públicas no site. A ideia é que, feito isso, as ameaças à liberdade de imprensa sejam encaminhadas às autoridades policiais, ao Ministério Público e aos responsáveis pelos demais órgãos competentes para que sejam tomadas medidas de proteção. A entidade desenvolverá um trabalho junto aos órgãos competentes para evitar que os crimes fiquem impunes.
O profissional de imprensa deverá usar este espaço com responsabilidade, sempre com informações fidedignas sobre ameaças e agressões contra comunicadores em geral, sejam repórteres, repórteres fotográficos, redatores, editores, radialistas, cinegrafistas, blogueiros atuando em jornais, revistas, emissoras de rádio e tevê, portais, sites, blogs e quaisquer outros veículos de comunicação.
O projeto surgiu do quadro alarmante da violência contra jornalistas no Brasil. Somente em 2015 quatro profissionais de imprensa foram assassinados. Conforme levantamentos realizados pela Federação Nacional de Jornalistas – Fenaj – outros 89 profissionais estão com suas vidas ameaçadas, sem qualquer proteção por parte do Estado.
O vice-presidente da ABI e presidente da Comissão de Liberdade de Expressão e Direitos Humanos da ABI, Paulo Jerônimo de Sousa, explica que a iniciativa é da ABI, mas a ideia é articular todas órgãos da categoria, como a Fenaj, o Movimento Viva Santiago, os sindicatos e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), com quem a comissão se reunirá na semana que vem além da parceria com o Ministério da Justiça.
— O objetivo é que toda classe jornalística participe da ação. Estamos elaborando, em parceria com o Ministério da Justiça, um Termo de Cooperação, para a implantação de mecanismos de investigação e proteção de profissionais ameaçados.
O assunto também foi tema de matéria no Portal dos Jornalistas & Cia. O texto tem o seguinte teor:
“A ABI criou na semana passada em seu site o SOS Jornalistas, espaço para a publicação de ameaças e casos de violência contra jornalistas no exercício da profissão e contra veículos de comunicação em todo o Brasil. A entidade alerta para que o espaço seja usado com responsabilidade, sempre com informações fidedignas e suspeitas fundamentadas de ameaças e agressões contra comunicadores em geral, sejam repórteres, repórteres fotográficos, redatores, editores, radialistas, cinegrafistas, blogueiros atuando em jornais, revistas, emissoras de rádio e tevê, portais, sites, blogs e quaisquer outros veículos. As denúncias serão publicadas no site após avaliadas por moderadores da ABI. u Além da veiculação no SOS Jornalistas, a ABI deverá divulgar as ameaças na imprensa e encaminhar às autoridades policiais, ao Ministério Público e aos responsáveis pelos demais órgãos competentes para que sejam tomadas medidas de proteção às pessoas e organizações ameaçadas. A entidade informa ainda que desenvolverá um trabalho com os órgãos competentes com o objetivo de impedir que esses crimes fiquem impunes. Cooperação – n A propósito, a ABI e a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça deverão firmar nas próximas semanas um Termo de Cooperação para a implantação de mecanismos que reduzam a violência contra jornalistas. Para tratar do tema, Paulo Jerônimo, vice-presidente da ABI e presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, e o conselheiro Arnaldo César estiveram reunidos em Brasília, em 16/8, com a secretária Nacional de Segurança Pública Regina Miki e o coordenador-geral de Inteligência do Ministério da Justiça André Mendes. u Basicamente, a ABI pleiteou à secretária a implantação de medidas para impedir que se concretizem as ameaças de morte sofridas atualmente por mais de 80 jornalistas, radialistas, fotógrafos e blogueiros espalhados pelo País. Também pediu a colaboração do governo para impedir que a impunidade prevaleça nesses casos.”
Os profissionais que tenham sofrido agressões ou estejam se sentindo ameaçados podem acessarneste link o formulário.
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