Ney Santos afirmou que vai manter candidatura a deputado.
'Estamos acabando com a máfia dos políticos da região', disse.
O candidato a deputado federal em Taboão da Serra Ney Santos afirmou, por volta das 21h30 desta quarta-feira (15), que está sendo vítima de perseguição política. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Civil por suspeita de acumular de forma criminosa uma fortuna de R$ 50 milhões. Foram apreendidos documentos, computadores, anotações pessoais e até uma Ferrari, avaliada em R$ 1,5 milhão, em imóveis e estabelecimentos comerciais de propriedade dele.
"Tudo isso não passa de perseguição política. Estamos em primeiro lugar nas pesquisas e estamos incomodando bastante aqui na cidade (Embu, na Grande São Paulo). Estamos acabando com a máfia dos políticos da região. Por que não fizeram isso antes? Por que só agora, a 18 dias das eleições?", questionou, ainda na delegacia seccional de Taboão da Serra, também na Grande São Paulo, para onde a Ferrari foi levada. No entanto, ele evitou dar nomes dos políticos que estariam promovendo esta perseguição.
Ney Santos nega as acusações
(Foto: Marcelo Mora/G1)
Ney Santos negou as acusações de estelionato, formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Disse ainda não ter qualquer ligação com uma facção criminosa que age a partir dos presídios paulistas. "Não devo nada. Todos os meus bens foram declarados. O que não foi declarado ainda vai ser no próximo ano. Tudo o que eu tenho foi adquirido com trabalho", afirmou.(Foto: Marcelo Mora/G1)
Sobre a Ferrari, ele disse que já foi declarada ao Imposto de Renda. "A Ferrari não está paga porque é financiada, mas está declarada", disse. "Foi denúncia anônima e a polícia foi induzida ao erro. Quando a Justiça se pronunciar, daqui a alguns dias, vai dizer se está tudo certo ou errado", completou.
Ao finalizar a entrevista, ele declarou que volta a fazer campanha já nesta quinta-feira (16). "A minha candidatura continua, com certeza. E vamos ganhar as eleições", afirmou.
O advogado dele, Francisco Assis Henrique Neto Rocha, afirmou que a cifra citada pela polícia, de R$ 50 milhões, para o patrimônio estimado do candidato, não existe.
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"Quero saber a prova, onde que existe o mínimo de prova que demonstra que ele tem esse patrimônio. Falar é muito fácil. Uma coisa é verdade, ele tem bens, postos de gasolina, tem, mas R$ 50 milhões de patrimônio, isso não existe."Os policiais estiveram na cidades de Barueri, Embu, Taboão da Serra, Osasco e na Zona Norte da capital.
Ney Santos, como é conhecido, é candidato a deputado federal pelo PSC. Em 2003, foi condenado por roubo a uma empresa de valores em Marília, no interior de São Paulo. Mas recorreu e foi absolvido em 2004.
Em agosto, a polícia recebeu uma denúncia anônima de que o candidato está ligado a uma facção criminosa e construiu um patrimônio de R$ 50 milhões em quatro anos, desde que saiu da prisão. Segundo a polícia, entre os bens dele estão cerca de 40 empresas, sendo 18 postos de combustíveis e uma financeira.
Ney Santos afirmou que é proprietário de oito postos de gasolina atualmente. "Eu compro, construo e vendo postos de gasolina. Por isso, que estão falando em 30 postos, porque já passaram no meu nome, mas a maioria já foi vendido", afirmou. O depoimento dele à polícia ainda não foi marcado. "Vim até aqui (à delegacia) para acompanhar as apreensões, porque eu não devo nada", finalizou
Fonte - G1
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