Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : VITÓRIA DE PIRRO RÉU NA LAVA JATO DIZ QUE FOI COAGIDO; PF REBATE DECLARAÇÕES PF DIVULGOU NOTA REPUDIANDO ALEGAÇÕES DO EX-ASSESSOR DE ARGELLO

30 de ago. de 2016

VITÓRIA DE PIRRO RÉU NA LAVA JATO DIZ QUE FOI COAGIDO; PF REBATE DECLARAÇÕES PF DIVULGOU NOTA REPUDIANDO ALEGAÇÕES DO EX-ASSESSOR DE ARGELLO

Réu na 28ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Vitória de Pirro, Paulo César Roxo Ramos - que era assessor do ex-senador Gim Argello (PTB) - disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro que foi coagido por um delegado federal durante um depoimento prestado à Polícia Federal em abril deste ano. Ramos foi interrogado nesta segunda-feira (29), em Curitiba.
O acusado responde por corrupção passiva, concussão, lavagem de capitais e obstrução à investigação. Ele chegou a ser preso temporariamente em abril, quando a 28ª etapa da operação, batizada de "Vitória de Pirro", foi deflagrada.
"Eu fui coagido, chantageado, intimidado ostensivamente de maneira pouco usual, acima do que é aceitável, entendo eu, pelo código de conduta da carreira do servidor público. O tempo todo sendo dito que se eu não colaborasse, não falasse o que o delegado queria ouvir, que a minha prisão seria convertida em definitiva – várias vezes isso, não foi (sic) uma ou duas. O tempo todo dizendo que eu precisava colaborar, que eu precisava isso". Apesar da acusação, Ramos, no entanto, não disse o nome do delegado.
Em nota, a Polícia Federal repudiou as alegações de Paulo César Roxo Ramos, "uma vez que não refletem a postura de seus servidores que primam por uma atuação técnica, responsável e garantidora de todos os direitos fundamentais do cidadão".
Segundo a PF, os depoimentos prestados em sede policial por Ramos foram gravados em áudio e vídeo e seguiram todos os parâmetros legais para um ato desta natureza. "Todas as suas declarações foram dadas com a mais absoluta tranquilidade e sem nenhum tipo de obstrução, sendo sempre a ele garantido direito constitucional de permanecer em silêncio e não responder às perguntas, sempre na companhia de seu advogado constituído. Todo o material correspondente aos depoimentos do réu está à disposição do Ministério Público Federal e da Justiça Federal para as providências que se entender cabíveis ao caso", disse a nota.

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