O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liquidou talvez a última esperança do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de suspender a sessão convocada para votar a proposta de cassação do seu mandato, marcada para as 19h desta segunda-feira (12).
Fachin negou o pedido liminar solicitado por Cunha, confirmando a realização da sessão deliberativa convocada pelo atual presidente da CAsa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Para cassar o mandato de Cunha serão necessários no mínimo 257 votos, correspondentes a metade mais um do total de 513 deputados federais. Em resposta a enquetes, um número que oscila entre 280 e 300 deputados garantiram a vários jornais e sites que votarão favoravelmente à cassação.
Neste domingo, Eduardo Cunha deixou o apartamento funcional onde mora, em Brasília, por volta das 15h20, para almoçar com sua mulher na Trattoria do Rosário, que há anos é considerado o melhor restaurante de comida italiana de Brasília, localizado no Lago Sul. Cunha pediu um prato saboroso, com a simbologia de "última" grande refeição antes da sessão de cassação do seu mandato, além de uma garrafa do vinho italiano Sassoalloro, um supertoscano muito apreciado. Deixaram o restaurante pelas 17h30.
O deputado, ex-presidente da Câmara, foi considerado culpado, no Conselho de Ética, da acusação de haver mentido na CPI da Petrobras, à qual compareceu espontaneamente, quando negou ter conta na Suíça. As investigações mostraram que os bancos dispunham de documentos pessoais de Cunha, de sua mulher, jornalista Cláudia Cruz, e de uma filha, para identificá-los como responsáveis pelas contas correntes.
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