Luiz Estevão cumpre isolamento preventivo desde a última quinta-feira (26) após ter desacatado um delegado durante inspeção em sua cela. O ex-senador está preso na Papuda e vinha sendo beneficiado junto a outros internos do Bloco 5. Durante a inspeção, foram encontrados alimentos que são proibidos na prisão, entre eles, uma máquina de café com cápsulas e dois pacotes de macarrão e chocolate importados.
Por conta dos benefícios, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) instaurou sindicância nesta segunda-feira (30/1) e pediu a exoneração de toda direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda.
Com o isolamento de 10 dias, o ex-senador foi transferido para o mesmo bloco onde policiais condenados cumprem pena. Lá, está o ex-tenente da Polícia Militar acusado de ter sequestrado sua filha, em 1997, Osmarinho Cardoso da Silva Filho.
Desacato
Luiz Estevão desacatou um diretor do presídio ao ser questionado sobre os alimentos proibidos na sua cela. Na cantina, o delegado encontrou fatias de peito de peru e salame, além dos alimentos que estavam em sua cela. Pendrives também foram encontrados no local.
A defesa do ex-senador pediu que ele cumprisse o isolamento no bloco de origem, já que o sequestrador de sua filha está no mesmo local. O Tribunal de Justiça, no entanto, negou o pedido.
A defesa nega o desacato e diz que os alimentos poderiam ter sido entregues por familiares durante visitas ou durante depoimento feito na Secretaria de Segurança Pública. Segundo os advogados, o suposto desacato teria ocorrido após Luiz Estevão dizer que não se lembrava a data desse depoimento. No entanto, a defesa diz que o ex-senador se manteve ‘calmo, gentil, cordial e obediente’.
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