O empresário Eike Batista deixou no início da tarde desta terça-feira, 31, a Penitenciária Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, para depor na Superintendência da Polícia Federal sobre as acusações de pagamento de propina para o grupo político do ex-governador Sérgio Cabral, reveladas pela Operação Eficiência. O empresário é acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao peemedebista por meio de contratos de fachada e ações na Bolsa de Valores de Nova York.
O advogado de Eike, Fernando Martins, disse que "a princípio não há possibilidade de delação" por parte do empresário. A declaração foi dada assim que Martins chegou à Polícia Federal. Ele aguardava a chegada de Eike, na sede da PF, na região portuária do Rio, para acompanhá-lo no depoimento.
Algumas pessoas esperavam a chegada do lado de fora e entoaram gritos de "ladrão, ladrão" no momento em que ele desembarcou, no estacionamento interno. Eike estava com uniforme de preso: calça jeans, camiseta e sandálias. Ele se entregou ontem, 30, à PF, na volta de uma viagem aos Estados Unidos às vésperas de ter sua prisão decretada.
Antes de embarcar para o Brasil, Eike sinalizou em entrevistas que pretende colaborar com as investigações, ao afirmar que vai mostrar “como as coisas são”.
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