Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : CORRIDA NUCLEAR ESPECIALISTAS ACHAM QUE MÍSSIL DA COREIA DO NORTE PODE ATINGIR NOVA YORK DESAFIO DA DITADURA DE KIM JONG-UN SERÁ MINIATURIZAR A BOMBA

31 de jul. de 2017

CORRIDA NUCLEAR ESPECIALISTAS ACHAM QUE MÍSSIL DA COREIA DO NORTE PODE ATINGIR NOVA YORK DESAFIO DA DITADURA DE KIM JONG-UN SERÁ MINIATURIZAR A BOMBA

Cientistas acreditam que só dentro de 5 a 10 anos a Coreia do Norte conseguirá miniaturizar as ogivas nucleares e colocá-las nos mísseis.
O ditador da Coréia do Norte, Kim Jong-un, afirmou apos o último lançamento de um míssil pela Coreia do Norte, sexta-feira (28), "todo o território americano" estaria ao alcance de um ataque norte-coreano. O míssil caiu após 47 minutos no ar, na zona econômica exclusiva do Japão, mas segundo David Wright, perito em mísseis da Union of Concerned Scientists ouvido pela CNN, com uma trajetória mais plana, o engenho podia ter atingido grandes cidades americanas como Los Angeles, Denver, Chicago e até chegar à costa leste, até Nova York ou Boston. Apesar de tudo, especialistas citados pela BBC acreditam que Pyongyang ainda não domina a tecnologia para miniaturizar uma ogiva nuclear, colocá-la no míssil e garantir que é segura até atingir o alvo.
Lançado a partir da província de Jagang, o míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) tem um alcance de 10 400 km. Segundo a BBC, este local de lançamento era até agora desconhecido. Mas sobretudo, uma vez que o míssil pode ser disparado de uma plataforma móvel, se o lançamento for feito do extremo leste do país, terá capacidade para chegar ao coração dos EUA e não só ao Alasca, como acontecia nos últimos disparos.
O DITADOR KIM JONG-UN.
Este foi o 18º míssil lançado pela Coreia do Norte desde fevereiro, em 12 testes, violando as sanções impostas pelas Nações Unidas num esforço para afinar a tecnologia necessária para atingir os seus inimigos.
Em finais de 2016, o cientista nuclear Siegfried Hecker, ex-diretor do Laboratório Nacional de Los Alamos, alertava que a este ritmo, a Coreia do Norte pode ultrapassar as limitações mais rapidamente do que se esperaria e desenvolver uma arma nuclear capaz de atingir os EUA dentro de cinco a 10 anos.
O lançamento do míssil norte-coreano foi imediatamente condenado pela comunidade internacional. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, considerou a ameaça à segurança do seu país "grave e real". Já o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu no Twitter: "Ameaçando o mundo, estas armas e testes isolam cada vez mais a Coreia do Norte, enfraquecem a sua economia e prejudicam o seu povo." E deixou um aviso: "Os EUA vão tomar todos os passos necessários para garantir a segurança do território americano e proteger os nossos aliados na região."
A Coreia do Sul, que apesar de ter assinado o armistício que pôs fim à guerra de 1950-53 nunca assinou a paz com o Norte, mostrou-se preocupada por o Norte poder ter feito "um avanço significativo na sua tecnologia", sublinhando que o local e a hora do lançamento (por volta das 23:00) do míssil foram inéditos. No início do mês, o presidente sul-coreano Moon Jae-in, que chegou ao poder em maio, abriu a porta ao diálogo com a Coreia do Norte. Mas a sua oferta ficou sem resposta da parte de Kim Jong-un.
Em resposta ao tiro do último míssil norte-coreano, Seul e Washington realizaram um exercício militar conjunto que envolveu o disparo de mísseis para o mar. Esta demonstração de força surgiu depois de os dois países terem deixado claro que estão a considerar "opções para uma resposta militar" perante o novo desafio de Pyongyang. O ministro da Defesa sul-coreano, Song Young-moo, garantiu que o país vai tomar medidas para conter a ameaça do Norte, acelerando a instalação do sistema americano de mísseis antimíssil THAAD no seu território. A China, que se opõe à instalação do THAAD por considerar que afeta o equilíbrio da região em termos de segurança, também condenou o teste. Pequim, um dos poucos aliados de Pyongyang, apelou ao regime de Kim para "parar com atos que façam escalar a tensão" na península coreana.
Os EUA têm pressionado os chineses para fazerem mais para travar o programa nuclear da Coreia do Norte. Desde 2006, Pyongyang realizou cinco ensaios nucleares.

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