Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Coreia do Norte dispara contra ilha sul-coreana, mata dois e fere ao menos 15 .

23 de nov. de 2010

Coreia do Norte dispara contra ilha sul-coreana, mata dois e fere ao menos 15 .

O Exército da Coreia do Norte disparou contra uma ilha sul-coreana nesta terça-feira matando ao menos dois soldados e ferindo 15, provocando uma reação imediata da Coreia do Sul que enviou caças de guerra F-15 e F-16 à região. Agências estatais de Seul indicam que o Norte deu início aos combates. Pyongyang nega e sustenta que tropas sul-coreanas foram as primeiras a abrir fogo.
O Ministério de Defesa sul-coreano confirmou à agência estatal Yonhap que os ataques mataram dois soldados e que entre os feridos, cinco estão em estado grave. Ao menos três dos feridos são civis, completa a nota.
Em comunicado a Casa Branca já sinalizou uma "condenação enérgica" ao ataque norte-coreano e reiterou que os EUA estão dispostos a ajudar Seul.

Yonhap/Reuters
Imagens mostram ilha sul-coreana atacada pelo Exército da Coreia do Norte; tensão na região preocupa os EUA
Imagens mostram ilha sul-coreana atacada pelo Exército da Coreia do Norte; tensão na região preocupa os EUA

Os confrontos chegam apenas dois dias depois de o jornal "The New York Times" publicar em reportagem que o cientista americano Siegfred S. Hecker teve acesso a uma nova e sofisticada usina nuclear na Coreia do Norte.
"Uma unidade de artilharia executou disparos de provocação às 14h34 (3h34 de Brasília) e as tropas sul-coreanas responderam imediatamente", afirmou uma fonte do Ministério de Defesa sul-coreano.
"As Forças Armadas estavam executando exercícios navais e o Norte parece ter disparado para demonstrar sua oposição", declarou uma fonte militar sul-coreana ao canal YTN.
Os disparos tiveram como alvo a ilha de Yeonpyeong, que tem 1.000 habitantes, localizada no Mar Amarelo, em uma área disputada pelas duas Coreias e que já registrou incidentes no passado. Dezenas de casas foram incendiadas e Seul determinou que a retirada dos moradores da região.
Em reação, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, convocou uma reunião de emergência. "Agora mesmo está em uma sala subterrânea para abordar as respostas possíveis com seus ministros e conselheiros de segurança", afirmou o porta-voz da presidência.
"O presidente Lee ordenou aos comandantes que administrem a situação da melhor maneira possível para evitar uma escalada", completou a mesma fonte.
O aumento de tensão entre os dois países --oficialmente em condição de cessar-fogo desde o fim da guerra em 1953-- preocupa a comunidade internacional, sobretudo os Estados Unidos, a Rússia e a China.
O armistício acordado entre o Sul e o Norte determina que as duas nações estão oficialmente em guerra desde o fim da década de 50, mas se comprometem a não realizar ataques.
CAUTELA
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, optou nesta terça-feira pelo comedimento para evitar uma escalada na tensão após o ataque norte-coreano com fogo de artilharia a uma ilha sul-coreana no litoral ocidental, em ataque que deixou vários feridos.
"Devemos conduzir com cuidado a situação para evitar a escalada de um choque", indicou Lee, citado por um porta-voz do Escritório Presidencial sul-coreano, pouco depois de a Coreia do Norte ter realizado várias rodadas de disparos de artilharia em direção ao território sul-coreano.
As declarações foram dadas antes da reunião de emergência do presidente sul-coreano com vários ministros no escritório presidencial.
O porta-voz também disse que Lee se interessou pelo estado dos feridos, alguns deles com quadros graves, e pediu todos os esforços para salvar suas vidas.
ALERTA
Ainda ontem (22) os governos dos EUA, Japão e Coreia do Sul se mobilizaram e realizaram reuniões após as revelações das novas instalaçaões nucleares de Pyongyang.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, afirmou que a nova usina na Coreia do Norte é um risco potencial, já que permite ao regime comunista produzir mais armas nucleares.
Washington, Tóquio e Seul discutiram na segunda-feira como lidar com as potenciais ameaças nucleares.
A Coreia do Norte desenvolve há anos um programa nuclear sob críticas do Ocidente, que já tentou, sem sucesso, negociar sua desnuclearização. O regime recluso do ditador Kim Jong-il sofre ainda diversas sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) por manter seu programa nuclear com fins claramente militares.

Digital Globe/AFP
Imagens de satélite mostram obras na região de Yongbyon, onde a Coreia do Norte mantém usinas nucleares
Imagens de satélite mostram obras na região de Yongbyon, onde a Coreia do Norte mantém usinas nucleares

Gates, que está na Bolívia para uma conferência regional de defesa, disse ainda não acreditar que a nova e avançada instalação norte-coreana seja parte de um programa nuclear pacífico.
"A Coreia do Norte ignorou um número de resoluções do Conselho de Segurança. Eles continuam exportando armas. Então a noção de que eles desenvolveram isso é obviamente uma preocupação", disse Gates.
Já o Japão considerou o assunto "alarmante". "O desenvolvimento nuclear norte-coreano é totalmente inaceitável do ponto de vista da segurança do Japão e da paz e estabilidade na região", disse o porta-voz do governo de Tóquio, Yoshito Sengoku.
REVELAÇÃO
Neste domingo, o jornal "New York Times" revelou que um cientista americano da Universidade de Stanford informou à Casa Branca ter visitado uma grande e nova usina nuclear na Coreia do Norte.
O cientista que viajou a Pyongyang é o ex-diretor do Laboratório Nacional de Los Álamos e professor da Universidade de Stanford Siegfred S. Hecker que confirmou ao jornal ter visto "centenas de centrífugas" recém instaladas em grande e nova usina de enriquecimento de urânio que conta com uma "ultramoderna sala de controle".
O americano disse ter ficado surpreso com a sofisticação da nova usina nuclear.
O presidente americano, Barack Obama, advertiu recentemente que a Coreia do Norte deve demonstrar seriedade antes da possível retomada das negociações multilaterais sobre seu programa nuclear, que incluem as duas Coreias, China, Japão, Rússia e Estados Unidos.                                                                       Fonte - DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

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