Ele afirmou que irá recorrer caso o comediante seja absolvido. Segundo o promotor, houve um
"cerceamento da atividade acusatória" na ação penal no qual é acusado de falsidade ideológica.
Segundo o presidente do TRE, Walter de Almeida Guilherme, o deputado eleito conseguiu ler e escrever na prova.
O juiz eleitoral Aloísio Silveira ouviu quatro testemunhas nesta quinta-feira. Ele, no entanto, não decidiu sobre o caso.
Recordista de votos nestas eleições, Tiririca foi acusado de entregar declarações falsas sobre sua alfabetização e seus bens.
Tiririca fez um ditado tirado da página 51 do livro "Justiça Eleitoral - Uma retrospectiva", editado pelo tribunal.
Ele teve que escrever: "A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral".
Tiririca também foi obrigado a ler o título e subtítulo de duas reportagens, uma sobre o Procon e outra sobre o filme de Ayrton Senna. Ele teve de fazer uma interpretação do que leu e escreveu.
O deputado eleito se recusou a fazer uma perícia do documento que apresentou ao registrar a candidatura.
O presidente do tribunal lembrou que ninguém é obrigado a produzir uma prova contra si mesmo.
De acordo com Guilherme, o comediante será diplomado, qualquer que seja o resultado.
"Não se constatou nada que pudesse indeferir o registro de sua candidatura. Por isso, o seu registro foi considerado legítimo", afirmou.
A perícia levantou a suspeita de que a declaração de alfabetização não foi redigida pelo humorista.
Tiririca admitiu ter recebido ajuda da mulher para escrever a declaração entregue à Justiça Eleitoral. Ele alegou que uma lesão na mão o impede de aproximar o dedo indicador do polegar.
Segundo o juiz Silveira, que cuida do caso, a constatação da falsidade ideológica não depende da forma como o documento foi produzido, mas de seu conteúdo.
O sigilo do processo foi suspenso parcialmente.
fonte - folha.com ALINE PELLEGRINI
UIRÁ MACHADODE SÃO PAULO
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