Carta da Corrente O Trabalho do Partido dos Trabalhadores • 4 de fevereiro de 2011
VIVA A REVOLUÇÃO
NO EGITO!
Fora Mubarak e seus provocadores assassinos!
Há onze dias, o povo egípcio não sai das ruas. O processo revolucionário no Egito, apesar da repressão e das hordas de provocadores organizados por Mubarak, começa a fazer ruir esse regime ditatorial instalado há 30 anos.
As massas ignoraram o toque de recolher e continuaram nas ruas; cenas de confraternização de soldados, e até oficiais, com o povo, se multiplicaram; começaram a se formar comitês de vigilância contra a provocação patrocinada pelo regime.
No dia 30 de janeiro, os sindicatos independentes, duramente reprimidos durante a ditadura, criaram uma nova central sindical (a “oficial” é controlada pelo governo), em uma reunião realizada na Praça Tahir, quando lançaram a convocatória da greve geral e propuseram a criação de comissões civis: “O corpo constitucional da Federação Egípcia de Sindicatos Independentes convida todos os trabalhadores do Egito para criar comissões civis, a fim de defender os seus locais de trabalho, trabalhadores e cidadãos durante esses momentos críticos e de organizar ações de protesto e greves nos locais de trabalho, exceto para os setores vitais, para concretizar as reivindicações do povo egípcio.”
Em seu movimento as massas rejeitam o “diálogo” e os rearranjos propostos pelo imperialismo e o governo, na busca de uma “saída”, com El Baradei, ou outro sucessor designado, para confiscar a revolução e preservar o regime.
Primeiro, a revolução que começou na Tunísia e expulsou o ditador Ben Ali. Um processo de duplo poder se abriu, com a constituição dos comitês populares, onde a classe trabalhadora, buscando sua central sindical, a União Geral dos Trabalhadores da Tunísia, joga um papel protagonista. Agora, a classe trabalhadora egípcia, os jovens, e todas as camadas oprimidas e exploradas da população se colocam em pé para exigir o fim do regime de Mubarak, principal pivô do dispositivo do imperialismo dos EUA para manter a “estabilidade” no Oriente Médio.
Os processos revolucionários na Tunísia e no Egito, que servem de ânimo aos povos de outros países da região, como na Jordânia e Yemen, nada têm de um “fenômeno próprio ao mundo árabe”, como pretendem alguns “especialistas”. São os trabalhadores e demais camadas da população que se põem de pé para lutar contra a exploração e a opressão que afeta os trabalhadores de todo mundo.
As massas egípcias retomam, em um grau superior, o movimento dos trabalhadores que há duas décadas lutam contra a política de privatizações, desemprego, miséria, ditada pelo imperialismo e FMI e aplicada servilmente pelo regime. Murabak, há 30 anos, sustentado pelo governo dos EUA – com o envio anual de 1,3 bilhões ao Egito, para financiar, em particular as forças armadas - é o principal aliado, na região, do Estado Sionista de Israel, sendo cúmplice, inclusive, no bloqueio econômico da Faixa de Gaza.
O Primeiro Ministro de Israel lançou um apelo à comunidade internacional para ”exigir o respeito ao tratado egípcio- israelense”, assinado em 1979, que para os povos da região significou mais guerra e exploração.
As massas egípcias, no seu movimento revolucionário abalam o dispositivo do imperialismo. O preço do barril de petróleo disparou, as bolsas caíram, e, como na Tunísia, as agências de notificação (Moody’s e Standart & Poor’s) abaixaram a nota do Egito.
“Dias difíceis virão, mas os EUA continuarão a ser parceiros do Egito”, declarou Obama que busca, com ou sem Mubarak, preservar o regime que, nas ruas, o povo afirma querer varrer.
O levante das massas egípcias não abala apenas a política do imperialismo no Oriente Médio, em particular a sustentação do Estado de Israel que bloqueia a constituição de uma Palestina laica e democrática onde possam conviver harmoniosamente árabes e judeus. A revolução no Egito abala a ordem mundial de guerra e exploração, comandada pelo imperialismo mais poderoso, o governo dos EUA.
O próprio embaixador do Brasil no Egito declarou que no país “não há um estado de direito”. Já são mais de 300 mortos e milhares de feridos. O que exige do governo brasileiro que tome uma posição contundente contra Mubarak e em defesa da democracia.
O triunfo das massas em países da região é um estímulo à luta das massas contra a exploração e a opressão em todos os países, inclusive em nosso continente. A começar do Haiti onde o povo está em luta por sua soberania. As mesmas potências que depuseram Aristides e decidiram ocupar o país com as tropas da ONU, sustentaram por 30 anos as ditaduras de Ben Ali e Mubarak. Ocupação que, vergonhosamente, o governo brasileiro aceitou comandar, mantendo, há seis anos, as tropas brasileiras no Haiti.
Como na Tunísia, o povo do Egito quer tomar em suas próprias mãos a decisão sobre seu destino. Os trabalhadores de todo mundo só podem estar ao seu lado.
• FIM DA REPRESSÃO, FORA MUBARAK!
• NENHUMA INGERÊNCIA DO IMPERIALISMO DOS EUA!
• RESPEITO À AUTODETERMINAÇÃO DO POVO EGÍPCIO. VIVA A REVOLUÇÃO!
Comissão Executiva da Corrente O Trabalho do PT,
seção brasileira da 4ª Internacional
ASSINE O JORNAL O TRABALHO!
Desde 1978, um tribuna livre da luta de classeshttp://www.jornalotrabalho.com.br/
[ ] 12 números – R$ 36,00 • [ ] 24 números – R$ 72,00
[ ] 24 números ( solidária) – R$ 100,00colaborador Robert Luque
VIVA A REVOLUÇÃO
NO EGITO!
Fora Mubarak e seus provocadores assassinos!
Há onze dias, o povo egípcio não sai das ruas. O processo revolucionário no Egito, apesar da repressão e das hordas de provocadores organizados por Mubarak, começa a fazer ruir esse regime ditatorial instalado há 30 anos.
As massas ignoraram o toque de recolher e continuaram nas ruas; cenas de confraternização de soldados, e até oficiais, com o povo, se multiplicaram; começaram a se formar comitês de vigilância contra a provocação patrocinada pelo regime.
No dia 30 de janeiro, os sindicatos independentes, duramente reprimidos durante a ditadura, criaram uma nova central sindical (a “oficial” é controlada pelo governo), em uma reunião realizada na Praça Tahir, quando lançaram a convocatória da greve geral e propuseram a criação de comissões civis: “O corpo constitucional da Federação Egípcia de Sindicatos Independentes convida todos os trabalhadores do Egito para criar comissões civis, a fim de defender os seus locais de trabalho, trabalhadores e cidadãos durante esses momentos críticos e de organizar ações de protesto e greves nos locais de trabalho, exceto para os setores vitais, para concretizar as reivindicações do povo egípcio.”
Em seu movimento as massas rejeitam o “diálogo” e os rearranjos propostos pelo imperialismo e o governo, na busca de uma “saída”, com El Baradei, ou outro sucessor designado, para confiscar a revolução e preservar o regime.
Primeiro, a revolução que começou na Tunísia e expulsou o ditador Ben Ali. Um processo de duplo poder se abriu, com a constituição dos comitês populares, onde a classe trabalhadora, buscando sua central sindical, a União Geral dos Trabalhadores da Tunísia, joga um papel protagonista. Agora, a classe trabalhadora egípcia, os jovens, e todas as camadas oprimidas e exploradas da população se colocam em pé para exigir o fim do regime de Mubarak, principal pivô do dispositivo do imperialismo dos EUA para manter a “estabilidade” no Oriente Médio.
Os processos revolucionários na Tunísia e no Egito, que servem de ânimo aos povos de outros países da região, como na Jordânia e Yemen, nada têm de um “fenômeno próprio ao mundo árabe”, como pretendem alguns “especialistas”. São os trabalhadores e demais camadas da população que se põem de pé para lutar contra a exploração e a opressão que afeta os trabalhadores de todo mundo.
As massas egípcias retomam, em um grau superior, o movimento dos trabalhadores que há duas décadas lutam contra a política de privatizações, desemprego, miséria, ditada pelo imperialismo e FMI e aplicada servilmente pelo regime. Murabak, há 30 anos, sustentado pelo governo dos EUA – com o envio anual de 1,3 bilhões ao Egito, para financiar, em particular as forças armadas - é o principal aliado, na região, do Estado Sionista de Israel, sendo cúmplice, inclusive, no bloqueio econômico da Faixa de Gaza.
O Primeiro Ministro de Israel lançou um apelo à comunidade internacional para ”exigir o respeito ao tratado egípcio- israelense”, assinado em 1979, que para os povos da região significou mais guerra e exploração.
As massas egípcias, no seu movimento revolucionário abalam o dispositivo do imperialismo. O preço do barril de petróleo disparou, as bolsas caíram, e, como na Tunísia, as agências de notificação (Moody’s e Standart & Poor’s) abaixaram a nota do Egito.
“Dias difíceis virão, mas os EUA continuarão a ser parceiros do Egito”, declarou Obama que busca, com ou sem Mubarak, preservar o regime que, nas ruas, o povo afirma querer varrer.
O levante das massas egípcias não abala apenas a política do imperialismo no Oriente Médio, em particular a sustentação do Estado de Israel que bloqueia a constituição de uma Palestina laica e democrática onde possam conviver harmoniosamente árabes e judeus. A revolução no Egito abala a ordem mundial de guerra e exploração, comandada pelo imperialismo mais poderoso, o governo dos EUA.
O próprio embaixador do Brasil no Egito declarou que no país “não há um estado de direito”. Já são mais de 300 mortos e milhares de feridos. O que exige do governo brasileiro que tome uma posição contundente contra Mubarak e em defesa da democracia.
O triunfo das massas em países da região é um estímulo à luta das massas contra a exploração e a opressão em todos os países, inclusive em nosso continente. A começar do Haiti onde o povo está em luta por sua soberania. As mesmas potências que depuseram Aristides e decidiram ocupar o país com as tropas da ONU, sustentaram por 30 anos as ditaduras de Ben Ali e Mubarak. Ocupação que, vergonhosamente, o governo brasileiro aceitou comandar, mantendo, há seis anos, as tropas brasileiras no Haiti.
Como na Tunísia, o povo do Egito quer tomar em suas próprias mãos a decisão sobre seu destino. Os trabalhadores de todo mundo só podem estar ao seu lado.
• FIM DA REPRESSÃO, FORA MUBARAK!
• NENHUMA INGERÊNCIA DO IMPERIALISMO DOS EUA!
• RESPEITO À AUTODETERMINAÇÃO DO POVO EGÍPCIO. VIVA A REVOLUÇÃO!
Comissão Executiva da Corrente O Trabalho do PT,
seção brasileira da 4ª Internacional
ASSINE O JORNAL O TRABALHO!
Desde 1978, um tribuna livre da luta de classeshttp://www.jornalotrabalho.com.br/
[ ] 12 números – R$ 36,00 • [ ] 24 números – R$ 72,00
[ ] 24 números ( solidária) – R$ 100,00colaborador Robert Luque
Nenhum comentário:
Postar um comentário