Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) lançou hoje (10) a campanha Proteja Seus Rins, Salve Seu Coração, para marcar o Dia Mundial do Rim. Com um exame simples de urina para detectar a possibilidade de doenças renais, o mutirão está sendo feito em 400 locais do país. Em São Paulo, as pessoas que passaram pelo Parque da Aclimação na manhã desta quinta-feira puderam fazer o exame para detectar se precisam de tratamento ou não.
Segundo a SBN, estima-se que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas tenham algum grau de disfunção renal, o que aumenta a chance de problemas cardiovasculares, que resultam na morte de 17 milhões de pessoas por ano. Fazem parte do grupo de risco de doenças renais hipertensos, diabéticos, idosos e pessoas com histórico de doença renal crônica na família. “Os problemas renais podem ainda progredir para insuficiência renal crônica, levando à necessidade de diálise ou transplante de rim”, alertou a coordenadora nacional da campanha, Giana Mastroianni Kirztain.
o exame é feito com uma pequena quantidade de urina em uma tira reagente. Se a pessoa estiver perdendo proteína ou sangue na urina, o problema será detectado. "Aí, comunicamos à pessoa, que deverá repetir esse exame mais detalhadamente com seu clínico geral ou em algum posto de atendimento. O clínico geral pode fazer o diagnóstico e o acompanhamento com o nefrologista”, explicou.
A coordenadora da campanha disse ainda que é preciso se submeter a exames anuais, porque as doenças renais são silenciosas e têm sintomas iniciais inespecíficos. “Pode ter inchaço, urina com sangue, espumosa, pressão alta. Nas fases mais avançadas, náuseas, palidez sem explicação e, nas crianças, infecções urinárias de repetição. Mas não podemos esperar pelos sinais e sintomas porque eles podem ser tardios. O ideal é fazer exames frequentemente para detectar a doença, que seria o exame normal de urina e a dosagem de creatinina no sangue”.
Os dados apontam que 95 mil brasileiros dependem da diálise para sobreviver, mas apenas 10% recebem tratamento adequado. Segundo a SBN, a diálise é um tratamento diferente da hemodiálise, que exige o deslocamento do paciente pelo menos três vezes por semana ao hospital, porque na diálise o paciente é treinado a fazer o procedimento em casa.
Giana ressaltou que não há prevenção para as doenças renais, mas há formas de amenizá-las ou retardar a evolução. “Medidas como dieta saudável, exercício físico regular, não beber, não fumar e dieta indicada de acordo com a doença renal diagnosticada contribuem para que a pessoa tenha maior controle sobre a doença”.
A doente renal Maria Avessente, de 52 anos, contou que, aos 20 anos, percebeu que estava inchada e com dores. Segundo ela, a doença era tratada de forma equivocada até ser encaminhada ao Hospital São Paulo onde, finalmente, recebeu o diagnóstico de que um dos rins não funcionava mais.
“Nessa fase, a doença ficou agressiva demais e meu cabelo começou a cair, fiz diálise e, com o tratamento, melhorei. Fiquei em tratamento durante 23 anos e, em 2002, fiz o transplante do rim doado por meu irmão. O rim está normal, minha atividade é ótima agora. A doença é muito silenciosa e é difícil diagnosticar. As pessoas se dão conta quando ficam ruins mesmo. Hoje faço um trabalho voluntário na Associação de Pacientes Transplantados orientando as pessoas, conversando, ajudando com medicamentos”.
Edição: Vinicius Doria
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) lançou hoje (10) a campanha Proteja Seus Rins, Salve Seu Coração, para marcar o Dia Mundial do Rim. Com um exame simples de urina para detectar a possibilidade de doenças renais, o mutirão está sendo feito em 400 locais do país. Em São Paulo, as pessoas que passaram pelo Parque da Aclimação na manhã desta quinta-feira puderam fazer o exame para detectar se precisam de tratamento ou não.
Segundo a SBN, estima-se que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas tenham algum grau de disfunção renal, o que aumenta a chance de problemas cardiovasculares, que resultam na morte de 17 milhões de pessoas por ano. Fazem parte do grupo de risco de doenças renais hipertensos, diabéticos, idosos e pessoas com histórico de doença renal crônica na família. “Os problemas renais podem ainda progredir para insuficiência renal crônica, levando à necessidade de diálise ou transplante de rim”, alertou a coordenadora nacional da campanha, Giana Mastroianni Kirztain.
o exame é feito com uma pequena quantidade de urina em uma tira reagente. Se a pessoa estiver perdendo proteína ou sangue na urina, o problema será detectado. "Aí, comunicamos à pessoa, que deverá repetir esse exame mais detalhadamente com seu clínico geral ou em algum posto de atendimento. O clínico geral pode fazer o diagnóstico e o acompanhamento com o nefrologista”, explicou.
A coordenadora da campanha disse ainda que é preciso se submeter a exames anuais, porque as doenças renais são silenciosas e têm sintomas iniciais inespecíficos. “Pode ter inchaço, urina com sangue, espumosa, pressão alta. Nas fases mais avançadas, náuseas, palidez sem explicação e, nas crianças, infecções urinárias de repetição. Mas não podemos esperar pelos sinais e sintomas porque eles podem ser tardios. O ideal é fazer exames frequentemente para detectar a doença, que seria o exame normal de urina e a dosagem de creatinina no sangue”.
Os dados apontam que 95 mil brasileiros dependem da diálise para sobreviver, mas apenas 10% recebem tratamento adequado. Segundo a SBN, a diálise é um tratamento diferente da hemodiálise, que exige o deslocamento do paciente pelo menos três vezes por semana ao hospital, porque na diálise o paciente é treinado a fazer o procedimento em casa.
Giana ressaltou que não há prevenção para as doenças renais, mas há formas de amenizá-las ou retardar a evolução. “Medidas como dieta saudável, exercício físico regular, não beber, não fumar e dieta indicada de acordo com a doença renal diagnosticada contribuem para que a pessoa tenha maior controle sobre a doença”.
A doente renal Maria Avessente, de 52 anos, contou que, aos 20 anos, percebeu que estava inchada e com dores. Segundo ela, a doença era tratada de forma equivocada até ser encaminhada ao Hospital São Paulo onde, finalmente, recebeu o diagnóstico de que um dos rins não funcionava mais.
“Nessa fase, a doença ficou agressiva demais e meu cabelo começou a cair, fiz diálise e, com o tratamento, melhorei. Fiquei em tratamento durante 23 anos e, em 2002, fiz o transplante do rim doado por meu irmão. O rim está normal, minha atividade é ótima agora. A doença é muito silenciosa e é difícil diagnosticar. As pessoas se dão conta quando ficam ruins mesmo. Hoje faço um trabalho voluntário na Associação de Pacientes Transplantados orientando as pessoas, conversando, ajudando com medicamentos”.
Edição: Vinicius Doria
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