Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse hoje (7)
que o país tem condições políticas suficientes para ampliar o conjunto
de leis e normas que defendem o desenvolvimento sustentável e a
agricultura familiar. Marina criticou o fato de existir hoje um debate
centrado no texto do novo Código Florestal, apresentado pelo deputado
Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
“Em pleno século 21, o que nós temos: em lugar de andarmos para a
frente, nós estamos andando para trás. Há sustentabilidade política
para, em lugar de ficarmos aqui discutindo reduzir os prejuízos e os
riscos do relatório do deputado Aldo Rebelo, nós discutirmos a ampliação
dos ganhos para a agricultura familiar, o desenvolvimento sustentável”,
afirmou Marina durante o Seminário Nacional sobre o Código Florestal,
organizado por mais de 20 movimentos sociais em São Paulo.
“Não se pode deixar meia dúzia de atrasados fazerem com que esse debate
seja monopolizado e a gente pegue o relatório do Aldo Rebelo e diga: é
em cima disso que dá para fazer”, acrescentou.
Marina ressaltou que quem está tentando aprovar o novo Código Florestal
é uma parcela do setor do agronegócio que não concorda com os avanços
da Constituição de 1988.
“A Constituição estabeleceu a função social da terra e um ambiente
saudável como direito de todos os brasileiros. Eles não concordam com
isso e, em todas as oportunidades que têm, querem revogar a
Constituição”, disse.
A ex-ministra considerou uma vitória o adiamento da votação do novo
código para a próxima terça-feira (10). De acordo com Marina, a
sociedade civil vai apresentar as propostas de alteração do texto do
código para a Casa Civil.
Edição: Andréa Quintiere
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