Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : PT-SP abre ‘janela’ para alianças com PSD de Kassab

20 de jun. de 2011

PT-SP abre ‘janela’ para alianças com PSD de Kassab

  ABr
Reunido no final de semana, o PT de São Paulo decidiu deixar entreaberta uma janela para o fechamento de alianças com o PSD do ‘ex-demo’ Gilberto Kassab.
Na noite de sábado (18), foi a voto uma resolução que proibia coligações com o partido do prefeito de São Paulo nas eleições municipais de 2012.
O documento reunia o apoio do petismo da Capital, que torce o nariz para Kassab. Dirigentes do interior, porém, levaram o pé à porta.
Por quê? Depois de trocar o DEM pelo projeto de novo partido, Kassab achegou-se ao condomínio governista.
Em vários municípios dos fundões do Estado de São Paulo, o PT enxerga no PSD um aliado em potencial para 2012.
Puxa daqui, estica dali chegou-se a um empate. Do impasse, sobreveio o meio-termo: postergou-se o debate da política de alianças para matéria o final do ano.
Presidente do PT-SP, Edinho Silva celebrou: "Dizer não neste momento para quem quer se unir à base do governo Dilma é precoce".
O mais adequado, na opinião do dirigente do PT paulista, é mesmo empurrar a decisão para depois do efetivo registro do PSD na Justiça Eleitoral.
Afora o debate em torno de Kassab, o ponto alto da reunião foi a presença de Lula. O ex-soberano passou uma carraspana na bancada do PT na Câmara.
Lula cobrou dos deputados petistas, às voltas com uma guerrilha interna, lealdade ao governo da pupila Dilma Rousseff.
Evocou o mensalão, maior crise de seus dois mandatos, para realçar que a cizânia serve aos oposicionistas, não ao PT.
Por ora, a maioria da bancada federal do partido faz ouvidos moucos para Lula. Os deputados ofereceram a Dilma uma saída que pacificaria a bancada.
Digladiam-se os grupos de Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, e de Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder de Dilma na Casa.
Ao lado de Maia, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da Câmara. Junto com Vaccarezza, João Paulo Cunha (PT-SP), atual presidente da comissão de Justiça.
O armistício sugerido a Dilma passava por dois movimentos. Num, Vaccarezza seria convertido em ministro e passaria a cuidar da articulação política do Planalto.
Noutro, Chinaglia viraria líder do governo na Câmara. Levadas à presidente por Maia, as sugestões foram refugadas. Lula preferiu Ideli Salvatti a Vaccarezza.
Em resposta, Maia pôs para andar na Câmara dois projetos que o Planalto preferia manter em banho-maria:
A Emenda 29, que reforça o caixa da saúde; e a PEC 300, que cria um piso nacional para PMs e bombeiros.
É contra esse pano de fundo impregnado de veneno que Lula lançou o seu apelo em favor da unidade. Por enquanto, prega no deserto.
As outras 13 legendas que compõem o condomínio governista aproveitam-se da divisão do petismo para cobrar os cargos e as verbas que azeitam a lealdade.
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Escrito por- Blog Josias de Souza

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