Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Monitor de Escândalos no Congresso

20 de set. de 2011

Monitor de Escândalos no Congresso

75. Deputados do PMDB são acusados de desviar verbas do Turismo

Fernando Rodrigues
Colunista do UOL, Em Brasília

Data de Divulgação

12.ago.2011
Os sites da Câmara e do Senado fornecem e-mail e telefones de contato dos envolvidos nesse escândalo que ainda têm mandato. Para deputados, clique aqui e escolha o nome do envolvido. Em seguida, clique em pesquisar e obtenha seus contatos. Para senadores, clique aqui e, depois, sobre o nome do envolvido no escândalo.

O escândalo


Um dos presos pela Polícia Federal na operação que atingiu convênios do Ministério do Turismo com ONG afirmou que a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) se beneficia da suposta fraude. A notícia foi publicada pela “Folha de S.Paulo” em 12.ago.2011. Outro texto, de 15.ago.2011, também menciona suposta participação do deputado André Zacharow (PMDB-PR) no esquema que existiria na pasta.

Fátima Pelaes (PMDB-AP)
O servidor público
Errolflynn Paixão, vice-presidente do PT do Amapá, relatou, segundo o jornal, conversa com seu sócio na empresa Conectur, Wladimir Silva Furtado. No diálogo, afirmou Errolflynn, Wladimir dissera que recursos pagos pelo Ministério do Turismo a uma empresa voltavam para a deputada Fátima Pelaes, autora da emenda que havia permitido a liberação da verba.

A Conectur, segundo as investigações, seria uma das subcontratadas pelo Ibrasi , ONG que investigada pela Polícia Federal na Operação Voucher, que resultou na prisão das pessoas do Ministério.
Aqui notícia da “Folha” publicada em 9.ago.2011 sobre a Operação Voucher.

"Ouvi do Wladimir que o dinheiro voltava para a deputada Fátima, é isso o que eu disse à Polícia Federal. Se repassou [o dinheiro] é outra história, aí eu não sei, mas o Wladimir me falou isso", disse o petista, segundo publicou a “Folha”. "Infelizmente, estávamos só eu e ele naquele momento, mas ele falou isso para mim".

André Zacharow (PMDB-PR)
A suspeita sobre o deputado André Zacharow incorre por que a ONG da qual ele é presidente licenciado contratou duas empresas para executar serviço que ela foi escolhida para realizar pelo Ministério do Turismo. A notícia foi dada pela “Folha” em 15.ago.2011.

As duas empresas, segundo a “Folha”, pertencem ao empresário Fábio de Mello. Chama-se IBT (Instituto Brasileiro de Organização do Trabalho Intelectual e Tecnológico) e a Norwell Ltda. Ambas assinaram contratos com a Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba, que é a ONG ligada a Zacharow.

Outro lado
A deputada Fátima Pelaes classificou como “caluniosas” as declarações de Errolflynn Paixão, segundo publicou a “Folha” em 12.ago.2011. Ela negou o suposto recebimento de recursos.

"Meus sigilos bancário, fiscal e telefônico estão à disposição", afirmou a deputada em nota enviada por sua assessoria. Em um Blog do Amapá, a deputada disse, segundo a reportagem: "se alguém fica sabendo de algo tão grave assim e não faz nada, no mínimo é conivente".

O Ministério do Turismo, por sua vez, publicou nota afirmando que a subcontratação faz parte do convênio. Sobre a acusação de que os recursos enviados pelo ministério voltariam para a deputada, a pasta informou que "desconhece a prática de atos dessa natureza e, por isso, não pode se pronunciar".

“Wladimir Furtado não foi encontrado ontem para comentar sobre o caso”, escreveu a “Folha”. O jornal também tentou contatar o advogado da Ibrasi, Alessandro Brito, mas não obteve resposta.

Já a Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba não comentou a contratação das empresas de Fábio de Mello nem a relação do empresário com a entidade, afirmou a “Folha” em 15.ago.2011. Em nota, a ONG negou irregularidades e afirmou cumprir os ritos legais vigentes.

Em nota, o deputado Zacharow disse ter indicado a entidade para o convênio por conta de “sua tradição" na área de ensino. Afirmou desconhecer irregularidades na execução do serviço.

“O Ministério do Turismo não quis se manifestar sobre a servidora citada na investigação. A Folha ligou para o IBT e solicitou contato com Mello ou seus advogados, mas não houve resposta”, disse a reportagem.

O que aconteceu?

Nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário