Para o blog: Moises Arruda.
Silvio Belbute*
Não importa se de direita ou de esquerda, ou seus extremos; não importa
se comunista, trotskista, socialista, direitista ou o raio-que-partiusdista
(pra não dizer outra coisa); não interessa se você se formou na “High School of
the politica de enganar os bobos of massachussets of ohio”.
É ilusão imaginar que se possa implantar ideologias alienígenas
localmente, na cidade, dissociada do resto na nação e do mundo. Até porque
todas já ruíram de caducas. Mas as viúvas e órfãos continuam dizendo que “las
ai”.
Me interessa, sim, com quem você andou nos últimos tempos; que acordos
fez; quem apoiou e quem o apoia. Aquele velho ditado ainda vale, e muito:
“Diga-me com quem andas que te direi quem és”. Lembra? Pois é.
E hoje é mais fácil de pesquisar, temos o “Uncle Google” basta colocar
teu nome ali, teclar ENTER e pronto: tudo que preciso saber de ti estará na
minha tela. Desista, inútil tentar apagar teus rastros.
Mas por que não te darei meu voto? Ah, sim, este é o tema.
Se vieres com aquele papo de que vais ampliar os atendimentos nos postos
de saúde, que vais ampliar o número de postos de saúde, que vais ampliar os
PSF, bem, não estarás fazendo mais nada demais.
Se vieres com aquela conversa que vais informatizar, que vais
modernizar, que vai melhorar, o que tem de novo nisto mesmo?
Se tentares, apenas tentares, iludir com promessas de novo plano viário
e obras para descongestionar o trânsito caótico da cidade, tchê, isto é o
óbvio.
Ah, antes que me esqueça: não me venha com aquela história que
“segurança também é responsabilidade do prefeito”, porque todo mundo sabe que
não é. É prerrogativa do Estado. E mesmo a Guarda Municipal só serve para
proteger os próprios públicos (prédios do município, estátuas, praças e
parques). Tá na lei, lembra? Claro, claro, vais dizer: iluminação pública
também é segurança. Sei.
Certo, vai atacar na educação agora: melhores escolas, mais creches,
professores qualificados. Sim, sim.
Tá vendo porque não te darei meu voto? Porque tudo isto é obrigação do
gestor público que sentar na cadeira de prefeito. Tu e teu partido deveriam ter
vergonha de colocar estas coisas no “plano de governo”.
Queres meu voto? Me conquiste. Me digas como fará a diferença; me digas
como trabalhará para empoderar a comunidade, com os munícipes, elaborando em
conjunto planos de desenvolvimento local; me diga que estará mais tempo nas
ruas, nas vielas, nas avenidas, como um gerente da cidade, que no gabinete em
reuniões intermináveis, com bandos de puxa-sacos, que não resolvem nada. Me
digas que tem planos ousados para transformar nossa cidade no Vale do Silício
da América Latina, aproveitando todo o potencial existente (não precisa nem
verba, nem construir nada, viu? – já tá tudo pronto, é só querer). Me apresente
projetos consistentes, prontos, inclusive com a dotação orçamentária (de onde
virá a grana, sabe?).
Me diga eu vai mudar o plano do Metrô e que ele não será mais enterrado
embaixo de milhões de dólares sem necessidade; me diga que será de superfície,
que aproveitará os corredores de ônibus já prontos, com apenas algumas
reformas, infinitamente mais econômicas.
Me diga que chamará todas as empresas de transporte coletivo e
constituirá um consórcio para implantar o aeromóvel sobre o Arroio Ipiranga,
desde o anfiteatro Pôr do Sol até quase Viamão.
Tá vendo como tem coisas boas e novas pra ti fazer? Tá vendo como a
cidade tem ideias pra te dar? Então sai do teu cortejo e vem conversar, olho no
olho, cara a cara, sem os “filtros” que te cercam e te cegam, te fazendo crer
que és a “última bolachinha recheada do pacote”. Cara, tu não é mesmo.
Queres meu voto? Seja ousado, saia do lugar comum, pare de repetir os
discursos dos seus antecessores. Exclua o “assistencialismo” do teu dicionário.
Sim, dá pra ajudar quem precisa, sem lhe roubar a dignidade.
Entendeu agora, ou quer que eu desenhe?
Empresário*
Postado por Aline Mendes,
do blog: Este tema serve de reflexão para vários Municípios Brasileiros.
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