Greve dos servidores públicos retém remédios para doenças graves Indústria farmacêutica recorre à Justiça para liberar medicamentos em portos e aeroportos. Pacientes correm risco de morte
Correio Brasiliense 04/08/2012
Porto seco de Anápolis está abarrotado de mercadorias perecíveis. Governo garante que tudo está sendo feito nos prazos previstos em lei |
A população já começa a pagar um preço alto pela greve dos servidores
públicos em setores estratégicos. Medicamentos que vêm de fora estão
presos em portos, aeroportos e entrepostos comerciais, como o de
Anápolis, afetando, sobretudo, o tratamento de câncer e de pacientes que
precisam fazer hemodiálise. Os remédios não estão sendo liberados nos
prazos previstos por técnicos da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e da Receita Federal. No Porto de Santos, o maior do
país, os despachos de mercadorias só estão ocorrendo às segundas e às
sextas-feiras.
A situação no setor de medicamentos está tão crítica, com a
possibilidade de cirurgias serem suspensas, que o Sindicato da Indústria
Farmacêutica (Sindusfarma) recorreu à Justiça para a liberação de
mercadorias retidas. A primeira ação foi impetrada no sábado passado,
contra o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Mas, apesar de a entidade
ter conseguido liminar obrigando os técnicos da Anvisa a darem os
laudos necessários à circulação dos remédios, nada está andando na
velocidade desejada. Outras ações foram movidas ontem contra os demais
aeroportos e portos.
colaborador Roberto Luque
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