Em artigo enviado ao Blog, o professor Djacyr de Souza sugere que a população faça a sua parte para que o país se livre da corrupção e dos maus exemplos. Confira:
Neste dia 15 de março, teremos uma grande manifestação lutando contra a corrupção e pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do governo. E depois disso o que irá acontecer em nosso País? Nosso povo deixará de furar filas, de estacionar em local proibido, de negar assento para idosos no ônibus, de fraudar provas e documentações? A impressão que temos é a de que findarão todos os resquícios de corrupção e que nosso povo não venderá votos, nem aceitará propina para liberar documentos em algumas situações. Teremos também pessoas que não usarão recibos forjados para fraudar o imposto de renda e muitos não levarão dos seus locais de trabalho materiais, comida ou bens que não são seus.
A Impressão que temos é a de que, após o dia 15 de março, teremos um País onde todos estarão engajados pela educação de qualidade e pela reforma do Judiciário e do Legislativo, que, por sua vez, deverão dar satisfação dos seus atos ao povo e não usarão de seus poderes para garantir privilégios para filhos, parentes e amigos. A visão que temos é a de que tudo vai mudar e a corrupção, interna de cada um, será varrida do mapa e ainda: a de que teremos um povo honesto, que cumpre com seus horários de trabalho, que não burla as leis em benefício próprio. Se nada houver uma mudança interna de cada um, a manifestação que virá soará como interesse partidário ou coisa de elite desprovida de inteligência. Certamente, precisamos que o povo se movimente, exija respeito aos cofres públicos, mas de nada adianta que esta luta seja meramente interesseira ou represente descontentamento de uma elite por ganhos da classe pobre do País. É um momento de reflexão interna, de reconhecimento interior e de uma mudança que deve vir de cada um sem apontamento de defeitos de outros por pessoas lambuzadas de defeitos que são como uma contaminação que vai corroendo aos poucos o sentido de nação de povo. Que venham as manifestações, mas que sejam repletas de um sentido de brasilidade, de uma mudança interna e, principalmente, de coerência entre o que se diz e o que se faz. Sem isso tudo, continuará como antes…
* Djacyr de Souza, Professor.
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