Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Temos que lutar pela verdade. Brasileiro Descobre Cura do Câncer e é Preso REPORTAGEM/// Brasileiro descobriu cura para o câncer e foi preso? Entenda melhor essa história, que ganhou versões controversas ao se espalhar pela web

16 de nov. de 2015

Temos que lutar pela verdade. Brasileiro Descobre Cura do Câncer e é Preso REPORTAGEM/// Brasileiro descobriu cura para o câncer e foi preso? Entenda melhor essa história, que ganhou versões controversas ao se espalhar pela web



Desde o mês passado, têm circulado na web postagens sobre a suposta prisão de um brasileiro que teria descoberto a cura para o câncer e havia sido preso por isso. É verdade? Esse é o tipo de história da qual você deve, no mínimo, desconfiar. Mas vamos aos fatos. Nesse caso, nem tudo é verdade. Mas, também, nem tudo é mentira.
O pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, da Universidade de São Paulo (USP), coordenou ao longo dos últimos 20 anos uma pesquisa que se dedicou a descobrir a eficácia de uma substância no tratamento do câncer, a fosfoetanolamina sintética. Em 2013, ele apresentou os resultados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Há alguns dias, ele deu entrevistas a diferentes veículos de imprensa dando garantias de que o medicamento é eficaz, mas que tem enfrentado dificuldades para regulamentá-lo.
O pesquisador Salvador Neto, que também participou do projeto, afirma que a Fiocruz, para fazer os testes necessários, exigiu que o grupo cedesse a patente do medicamento. O grupo preferiu, então, não aceitar, porque, segundo Neto, isso poderia inviabilizar tentativas de regulamentação em outros órgãos, caso a Fiocruz não reconhecesse a eficácia da substância.
Em nota, a Fiocruz afirmou que, de fato, se reuniu com os pesquisadores em 2013, mas que não exigiu a patente. A fundação diz ainda que não pode atestar a eficácia do medicamento porque faltam estudos clínicos para isso. Veja aqui a íntegra da nota.
Mas quem foi preso?
Nenhum pesquisador envolvido no projeto foi preso. A pessoa detida foi o filho de uma paciente que se tratou de maneira experimental com o medicamento e, aparentemente, se curou. Depois dos resultados positivos no tratamento da mãe, Carlos Kennedy Witthoeft resolveu procurar os pesquisadores, aprendeu a fabricar o medicamento, comprou o material e passou a produzir as pílulas e distribuí-las gratuitamente, segundo ele. Uma denúncia anônima, no entanto, levou a vigilância sanitária e a polícia até o local onde ele produzia. Todo o material foi apreendido e ele detido. Carlos passou 17 dias preso e hoje, graças a um habeas corpus, responde em liberdade por “falsificação de produtos medicinais”.
Em entrevista ao EPTV, telejornal da rede Globo que cobre o interior de São Paulo, Carlos afirma que tem a consciência tranquila, por ter conseguido ajudar muita gente com o que fez.
- PUBLICIDADE -
Veja abaixo a íntegra da matéria do EPTV (desconsidere o título atribuído ao arquivo no Youtube):

Nenhum comentário:

Postar um comentário