Nem os ex-aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confiam na solidez da defesa do peemedebista e começam a bater em retirada para não serem sugados para a confusão. Sem apresentar nenhuma nota fiscal ou comprovantes, a história de que as 37 viagens à África registradas em dois passaportes se devem a vendas de carne não convenceu ninguém na reunião de líderes desta terça.
A falta de credibilidade é tamanha que o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), chegou a dizer que, com tantas viagens, Cunha "conheceu a África como poucos". O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), procurou a reportagem para negar que seu partido esteja fechado com Cunha. Bruno Araújo (PSDB-PE) não acreditou nas explicações do presidente da Câmara e afirmou que foram "insuficientes".
A sorte de Cunha jaz em partidos como o Solidariedade, cujo líder, Paulinho da Força (SP), já se decidiu. Segundo ele, ou cai Cunha ou Dilma, mas a preferência é pela queda da petista "que é o mal do Brasil". Paulinho assumirá a vaga deixada pelo deputado Wladimir Costa (SD-PA) no Conselho de Ética e participará do julgamento do processo que pede a cassação do mandato de Cunha por quebra de decoro parlamentar.
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