Ricardo Cassiano - 08.jul.10/Folhapress |
Bruno Fernandes; advogado Cláudio Dalledone Júnior disse ter assumido defesa do goleiro, no lugar de Ércio Quaresma |
Segundo o TJ um dos advogados dos réus retirou o processo do cartório no dia 20 de outubro e somente o devolveu, sem a defesa, no dia 19 de novembro. O prazo legal para a apresentação da apelação final é de cinco dias.
O Tribunal de Justiça do Rio informou que não houve comunicado oficial de abandono de causa. A Justiça encaminhou ofício para que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) instaure processos administrativos contra Ércio Quaresma, Claudinéia Carla Calabund, Márcio Carvalho de Sá e Antônio José da Silva Malhano por abandonarem a causa sem motivo justo e por retenção abusiva dos autos.
Dalledone Júnior já havia dito na segunda-feira (22) que assumira o processo no qual Bruno responde pelos crimes de homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menores na Justiça de Minas Gerais.
"Não foi apresentada a defesa. Já era de se esperar que o juiz declarasse o réu indefeso. Já conversamos como juiz no Rio, meu sócio foi ao presídio conversou longamente com o Bruno e já contou isso pra ele. Pegamos todas as procurações e ele caçou os poderes outorgados para um outro advogado da equipe do Quaresma. Antes do Bruno ser intimado, ele já constituiu um novo defensor. Vamos protocolar essa procuração do Bruno ainda hoje", afirmou Dalledone.
A Justiça do Rio também fixou multa de cerca de R$ 5.100 para os quatro defensores. A reportagem tentou entrar em contato com os advogados, mas nenhum foi localizado.
No próximo dia 30, a OAB de Minas deve julgar Quaresma, que pode ser suspenso por ter sido flagrado fumando crack. As imagens foram ao ar na TV Alterosa, afiliada do SBT. Ele disse que é dependente e luta contra a droga.
CASO
Bruno foi denunciado (acusado formalmente) pelo suposto assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, que afirmava ter tido um filho do jogador. A jovem foi vista pela última vez em junho. A Polícia Civil de Minas concluiu que ela foi assassinada a mando de Bruno e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Ele responde pelos crimes de homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Também respondem pelos mesmos crimes Luiz Henrique Romão (o Macarrão), Dayanne Souza (mulher de Bruno), Fernanda Gomes Castro (ex-namorada de Bruno), Elenilson Vitor da Silva (administrador do sítio de Bruno), Wemerson Marques de Souza (o Coxinha), Flávio Caetano de Araújo e Sérgio Rosa Sales, o Camelo (primo de Bruno).
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, mais conhecido como Bola é acusado por dois desses crimes: homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver da ex-amante do goleiro.
Na semana passada, a Justiça do Rio fez uma audiência para ouvir seis testemunhas de defesa do goleiro. Os depoimentos foram enviados para a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, responsável pelo processo em Minas, que deve decidir até dezembro se os acusados vão ou não a júri popular.
Fonte - Folha.com JULIANNA GRANJEIADE SÃO PAULO
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