Delator do escândalo do mensalão, o presidente do PTB e ex-deputado Roberto Jefferson afirmou ontem que não acredita em sua condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na análise do caso, marcada para começar em agosto.
O mensalão foi o escândalo que sacudiu o governo Lula em 2005 e atirou no banco dos réus políticos do PT e de outros partidos que ajudaram os petistas a chegar ao poder.
Após ser reeleito para comandar o partido por mais três anos, ele disse que não há provas que possam justificar sua punição. “Não serei condenado. Não há o menor cabimento nisso”, disse.
Um dos 38 réus da ação, Jefferson é acusado pelo Ministério Público Federal de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em julho de 2005, Jefferson deu entrevista à Folha de S.Paulo denunciando o mensalão, como ficou conhecido o pagamento a membros da base aliada em troca de apoio no Congresso. As declarações provocaram uma CPI e levaram às cassações do próprio Jefferson e do deputado José Dirceu, chefe da Casa Civil.
Jefferson recebeu R$ 4,5 milhões do esquema. Ele admitiu os recursos e justificou que o dinheiro foi distribuído entre candidatos do seu partido em troca de apoio a candidatos do PT nas eleições de 2004. Questionado se houve recursos públicos, o presidente do PTB disse que “o Ministério Público não conseguiu comprovar que a origem dos recursos era pública”.
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