Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Bancários aprovam proposta e encerram greve

21 de out. de 2013

Bancários aprovam proposta e encerram greve


Foram 23 dias de greve ou 552 horas de paralisação em todo o país. A campanha salarial deste ano foi marcada pela maior greve dos últimos vinte anos com quase 12 mil unidades fechadas. As negociações com a Fenaban, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal da última quarta-feira (9) também tiveram um aspecto inédito: durou 16 horas e só terminou às 4 horas da manhã. Mas valeu a pena lutar. Os bancários conseguiram avançar no reajuste salarial, nos pisos, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e até nos dias parados, razão maior do impasse criado pelos bancos, em especial a direção do Banco do Brasil.
No Rio, os bancários do setor privado aprovaram por unanimidade a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em assembleia realizada na sexta-feira, 11, no auditório do Sindicato. No BB, a assembleia realizada na Associação Atlética Banco do Brasil da Tijuca também aprovou a proposta patronal. Já na Caixa, o trânsito caótico na região da Leopoldina em função das obras da Prefeitura e do feriado de sábado (12) inviabilizou a assembleia, que aconteceria na quadra da Unidos da Tijuca, mas foi transferida para esta segunda-feira (14). O local ainda será definido, e assim que for confirmado será divulgado em nosso site: www.bancariosrio.org.br.
Aprovação em quase todo o país
Na maioria das demais bases do país a proposta também foi aprovada. Os bancários de São Paulo, Osasco e região dos bancos públicos e privados encerraram a greve e aceitaram os índices apresentados pelas empresas. Em Belo Horizonte, a categoria também aprovou as propostas por ampla maioria. Em Curitiba, mais de 500 trabalhadores aprovaram o retorno ao trabalho e as propostas dos bancos.
Os bancários conquistaram 8% de reajuste salarial (aumento real de 1,82%), que vale para todas as verbas salariais. O piso cresceu 8,5% (ganho real de 2,29%), e o valor fixo da regra básica da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aumentou 10%. A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional. Confira nas páginas 2 e 3 detalhes e os principais avanços das propostas da Fenaban e da Caixa. Na página 4, a proposta aprovada pelo funcionalismo do BB. 

No estado do Rio, pelo menos 39 plataformas paradas na Bacia de Campos e 100% de adesão na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc)
Em protesto contra o leilão do Campo de Libra e por avanços na campanha reivindicatória, os trabalhadores do Sistema Petrobrás, próprios e terceirizados, iniciaram no final da noite desta quarta-feira, 16, greve por tempo indeterminado em várias refinarias e terminais do Sistema Petrobrás. A greve prossegue agora pela manhã em todas as refinarias, terminais, plataformas, campos de produção e demais unidades operacionais das bases da FUP.
Segundo informações dos sindicatos, a adesão dos trabalhadores de turno é de 100%. A operação está sendo mantida nas maioria das regiões do país pelas equipes de contingência da Petrobrás, formadas por gerentes, supervisores e outros profissionais que normalmente não executam as tarefas de rotina das refinarias, plataformas e  terminais, o que coloca em risco a segurança das equipes e das próprias unidades.
Outro ponto central da greve é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora.
Na Bacia de Campos, a greve teve adesão de pelo menos 39 plataformas, que foram entregues pelos trabalhadores às equipes de contingência que a Petrobras embarcou. O Sindipetro NF tem informações de que 15 unidades foram entregues com a produção de petróleo parada. O sindicato realiza agora pela manhã um trancaço no Terminal de Cabiúnas e na sede da UO-Rio, em Macaé.
Em Duque de Caxias, a adesão à greve é de 100% dos trabalhadores. Ninguém entrou na Reduc, Terminal de Campos Elíseos e na Termorio. Agora pela manhã, o sindicato realiza uma grande mobilização na Rodovia Washignton Luiz, que está fechada no sentido Petrópolis.
Nos campos de produção terrestre da Bahia, os petroleiros anteciparam a paralisação para as 20 horas nas estações de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Socorro, Marapé e Dom João.  
Estão parados os trabalhadores das refinarias de Duque de Caxias (Reduc/RJ), Manaus (Reman/AM), Paulínia (Replan/SP), Mauá (Recap/SP), Mataripe (Rlam/BA), Gabriel Passos (Regap/MG), Paraná (Repar), Alberto Pasqualine (Refap/RS), Abreu e Lima (PE), além da SIX (unidade de Xisto/PR), da FAFEN (fábrica de fertilizantes/BA), Termorio (Duque de Caxias), usinas de Biodiesel e termoeletricas.
A greve também segue forte nas plataformas da Bacia de Campos e campos terrestres de produção de petróleo na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.
Na Transpetro, a greve atinge os terminais de Solimões (AM), Suape (PE), Madre de Deus (BA), Campos Elíseos (Duque de Caxias/RJ), Cabiúnas (Macaé/RJ), Guararema (SP), São Caetano (SP), Barueri (SP), Brasília, São Francisco do Sul (SC), Itajaí (SC), Guaramirim (SC), Biguaçu (SC), Paranaguá (PR), Osório (RS), Canoas (RS) e Rio Grande (RS).
Além das áreas operacionais, participam da greve os petroleiros do setor administrativo e trabalhadores terceirizados.
Ao longo desta quinta-feira, vários atos e manifestações contra o leilão de Libra serão realizados nas unidades da Petrobrás e nas principais capitais do país, com participação dos movimentos sociais e centrais sindicais.

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