Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Uma verdade que muitos não querem nem saber! DESCONSTRUÇÃO DO MURO DO PT

14 de nov. de 2014

Uma verdade que muitos não querem nem saber! DESCONSTRUÇÃO DO MURO DO PT

PAULO CASTELO BRANCO


Os governantes , quando impotentes para assegurar os seus poderes, constroem muros para impedir o acesso de inimigos. O mais famoso é a Grande Muralha, construída durante séculos e, até hoje, imponente, conserva a imagem de separação entre os povos.
A construção de muros se firmou e, hoje, não há cidade no mundo que não possua algum. São muros entre residências distanciando vizinhos; condomínios fechados afastando moradores do resto da cidade e povos segregados por outros povos.
Nestes dias são celebrados os vinte e cinco anos da queda do Muro de Berlim, construído após a Segunda Guerra Mundial e que separou irmãos de irmãos. As imagens da época da queda, divulgadas pela mídia internacional, mostram a surpresa dos alemães orientais ao conheceram a modernidade, a liberdade e o desenvolvimento dos alemães ocidentais.
Os restos dos antigos muros hoje são atrações turísticas, mas preservam o significado de terem sido construções inúteis para garantir segurança e tranquilidade aos cidadãos. Dizem que a queda do Muro de Berlim se deu em conseqüência da declaração equivocada de uma autoridade oriental que teria insinuado que as fronteiras estavam liberadas. Uma multidão seguiu para os postos de controle e os soldados orientais não conseguiram conter a massa, ao contrário, também ultrapassaram as barreiras. Com esta reação e a divulgação da derrubada do muro, milhares de pessoas que não se encontravam há anos, munidos de martelos, picaretas, e mesmos com as mãos, demoliram a divisão territorial. A Alemanha foi unificada e, hoje, é novamente potência econômica e política, governada por uma mulher oriunda da parte oriental.
O exemplo de que os muros são insuficientes para conter ações de adversários é reforçado pelo muro interminável com que Israel tenta controlar o povo Palestino em Jerusalém e na Cisjordânia. Em vez de concluir uma negociação generosa, os governantes israelenses insistem em segregar os outros filhos da Terra Prometida, e vivem reclusos e atemorizados pela resistência dos mais fracos militarmente, mas fortes na defesa do seu território e da liberdade de seu povo.
Por aqui, nas últimas eleições, a campanha da candidata oficial decidiu construir o pior dos muros em uma nação: o muro político e ideológico. O projeto de separação entre brasileiros ricos e pobres vem sendo construído ao longo dos dois mandatos de Lula e do atual de Dilma. O muro foi levantado aos poucos com pedras invisíveis unidas por argamassa composta de cizânia, ódio social, mentiras e dinheiro fácil. Com mãos leves, falas e ações ardilosas os mestres da obra contam com operários formados em seus centros de ensino ideológico. A obra se transformou numa fortaleza quase indestrutível; no entanto, as fundações do muro não são firmes, e nas eleições foram expostas pela oposição.
Passado o período eleitoral, com a vitória do uso da máquina pública e com recursos desviados dos cofres de empresas estatais, a tão apregoada divisão entre classes desapareceu, e o governo teve que reconhecer o fracasso das suas políticas e o comprometimento de aliados nas falcatruas descobertas pela ação da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Federal e da imprensa livre que, a duras penas, escapa do velho e carcomido paredón.
As primeiras pedras do indecente muro foram retiradas pelo Tribunal de Contas da União com as mãos calejadas do ministro José Jorge, que se aposenta deixando relatório demolidor sobre as falcatruas na Petrobrás,  e continuam a cair com a demissão da senadora Marta Suplicy. Marta alarga o caminho por onde passarão os eleitores enganados durante anos. A cada um que passe, o buraco ficará maior, permitindo a desconstrução do  muro da vergonha que se tornou símbolo de um governo medíocre.

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