O ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu a "base legal" para o envio das Forças Armadas aos presídios e penitenciárias brasileiros, ainda que sejam despreparadas para isso, "em caso de insuficiência e indisponibilidade" dos Estados garantirem a ordem e a segurança nacional.
Jungmann disse que a situação nas unidades prisionais faz com que tragédias como os massacres registrados até agora continuem acontecendo. O objetivo da ação das Forças Armadas, segundo ele, é fazer o que os militares não estão habituados a fazer, em sua rotina: varreduras e vistorias à procura de armas e outros objetos ilegais dentro das unidades.
Não há nada que as Forças Armadas venham a fazer nos presídios que não possa ser feito, melhor, pelas polícias militares e os agentes pentenciários, que são qualificados para isso e têm experiência. Bem ao contrários dos soldados, a maioria de pouco mais de 18 anos de idade, que farão esse trabalho nas prisões.
Jungmann ressaltou que as equipes serão destinadas, se o envio for pedido pelos governadores e secretários estaduais e na sequência autorizado pelo presidente Michel Temer (PMDB). O ministro destacou que as Forças Armadas tem plena especialidade para fazer esse tipo de varredura. "Caso haja necessidade para vistorias e varreduras nas instalações, existe especialidade e muita qualificação nas Forças Armadas", disse. O policiamento ostensivo ao redor dos presídios também pode ser executado, se assim for solicitado e autorizado, completou.
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