Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : RESPOSTA A UMA MANIFESTAÇÃO DE INGRATIDÃO

18 de abr. de 2012

RESPOSTA A UMA MANIFESTAÇÃO DE INGRATIDÃO

Prezado MOISES LINHARES ARRUDA,
Encaminhamos a você a mensagem abaixo, assinada pelos ex-presidentes da CAPESESP Walton Vieira de Nóvoa, Cassimiro Pinheiro Borges e Eduardo Inácio da Silva, pela qual eles comentam um texto que foi veiculado, pela campanha da atual Diretora-Presidente.
O presente e-mail está sendo enviado para você, com o devido respaldo das Normas Eleitorais da CAPESESP, por entendermos ser necessário corrigir uma série de equívocos e inverdades contidos na mensagem ora analisada.
Um grande abraço,
Nossa Chapa

RESPOSTA A UMA MANIFESTAÇÃO DE INGRATIDÃO

Por intermédio de um e-mail que vem sendo enviado aos associados nestes últimos dias, com o título “COMO ENCONTREI A CAPESESP E AS PRINCIPAIS MUDANÇAS REALIZADAS”, a Diretora-Presidente apresenta uma avaliação bastante critica sobre a forma como estava a situação da Entidade quando assumiu a função de Presidente.
Inicialmente, informamos que nós, que assinamos este Documento, exercemos o cargo de Presidente da CAPESESP nos últimos 25 anos, sendo Eduardo Inácio da Silva o penúltimo e Cassimiro Pinheiro Borges, o seu antecessor. Já Walton Nóvoa, foi Presidente de 1987 a 1995.
Por entendermos que a avaliação efetuada pela citada dirigente em sua mensagem é extremamente injusta e, acima de tudo equivocada, consideramos importante manifestar a nossa opinião sobre o conteúdo do texto apresentado, que distorce a realidade dos fatos, como será demonstrado a seguir.
Antes de apresentarmos nossas observações, devemos destacar que a citada dirigente, quando foi lançada candidata, mesmo sem ser conhecida pelos associados, foi eleita pelos associados com um percentual de 72% dos votos, graças ao nosso apoio.
Esta informação deixa claro que a sua eleição, por tão esmagadora maioria de votos, sem que os associados a conhecessem, ocorreu não por seus méritos, mas sim porque os associados da CAPESESP tinham um grande respeito pela Entidade e, por extensão, um profundo reconhecimento por quem a vinha dirigindo.
O Diretor-Presidente nesse período era Eduardo Inácio da Silva que, de forma desprendida, abriu mão de um concreto potencial de reeleição para apoiar a candidatura de uma nova dirigente, pensando na importância da renovação das pessoas responsáveis pelo gerenciamento da CAPESESP.
Não é demais dizer que além de Eduardo Inácio, nós, Walton Nóvoa e Cassimiro Borges, hipotecamos o nosso apoio ao nome da atual Diretora-Presidente, por entender que, em função da profissional que demonstrava ser, ela poderia conduzir a CAPESESP com competência e eficiência, o que, infelizmente, não se comprovou quando teve a Instituição sob a sua gestão.
Enfatizamos também que a excelente votação da chapa apoiada por nós em 2008, integrada pela Diretora-Presidente, já era um fato previsto, por se constituir na continuidade de uma gestão que vinha seguidamente sendo avaliada de forma bastante positivamente. Para se ter uma ideia, na pesquisa de opinião feita naquele ano, os associados, ao analisarem o período passado, manifestaram um índice médio de satisfação de 90,2%.
Nesta oportunidade, é fundamental enfatizar que a abordagem contida no e-mail da citada dirigente quanto à situação da Entidade antes de assumir o cargo, está longe da verdade. Além disso, é importante destacar que o seu mandato foi iniciado e continuado por um bom tempo com a participação dos mesmos Diretores que vinham administrando a CAPESESP, sendo que dos três anteriores, dois ainda se encontram na mesma função até hoje. Este fato demonstra a incoerência entre a avaliação feita no email e as ações praticadas ao longo dos quatro últimos anos.
Dados estes esclarecimentos preliminares, sentimo-nos na obrigação de nos manifestar sobre o conteúdo de cada um dos itens contidos na mensagem da Sra. Diretora-Presidente, como forma de apontar os equívocos e distorções ali existentes e, principalmente, para resgatar a realidade dos fatos.
1.    Lançamento do Programa Estar Bem
Não é verdade a afirmativa de que quando a Diretora-Presidente assumiu as suas funções “o Capesaúde era voltado para o tratamento de doenças, com poucas ações visando ao bem-estar dos associados”. Nem tampouco que “os benefícios eram concedidos sem controle e monitoramento adequados”.
O atual Diretor de Previdência e Assistência, condutor do CAPESAÚDE é João Paulo dos Reis Neto, profissional de altíssima competência, que, por este mesmo motivo, permanece na função há 14 anos, desde 1998, tendo sido escolhido e nomeado por Cassimiro e mantido até hoje pela atual Diretora-Presidente.
Por isso, afirmar que “o Capesaúde era voltado para o tratamento de doenças”, consiste em uma informação falsa e injusta. Desde quando assumiu o cargo, o Dr. João Paulo sempre demonstrou uma rigorosa preocupação com o fato do CAPESAÚDE não tratar apenas de doenças, mas sim se preocupar com os riscos dos agravos à saúde.
Nesse sentido, desde o mandato do Presidente Cassimiro Borges, foram colocados em prática: o Programa de Medicamentos de Uso Contínuo, o Programa de Concessão de Medicamentos para Doentes de Câncer, o Sistema de Internação Domiciliar (home care) e, entre outros mais, o Programa de Acompanhamento de Doentes Crônicos.
Como se vê, dizer que antes do mandato em curso não havia preocupação com a prevenção em saúde é uma afirmativa totalmente inverídica.
2.    Lançamento dos Planos Sob Medida
A forma como estes planos foram lançados, com expectativa muito elevada e com pouco planejamento e divulgação para o público a que se destinava, está gerando uma brutal redução de receitas do plano como um todo, sem porém diminuir a despesa global existente, pois a maior clientela veio pela via da migração do atual Capesaúde ao invés do ingresso de servidores sem assistência médica ou que pertençam a outros planos existentes no mercado.
A afirmativa de que “foram 60 mil exclusões de beneficiários até 2008” tem o objetivo de conduzir o leitor da mensagem ao erro. Pelo que se pode concluir a afirmativa faz referência a toda a existência do Plano que até a data mencionada tinha dezessete anos. O Capesaúde foi criado na gestão do Engenheiro Walton Nóvoa, com cerca de 7.000 titulares e seus dependentes, tendo logo sido aumentado com a abertura para os servidores oriundos da SUCAM.
Também fica parecendo, pela mensagem em análise, que a ideia do plano chamado “sob medida” resolveu o problema da diminuição da quantidade de desligamentos, o que não corresponde à realidade dos fatos. Na verdade, apenas para se ter uma ideia, de outubro de 2011 até março de 2012, quando já vigorava esta nova modalidade de Plano, o CAPESAÚDE como um todo perdeu 9.177 beneficiários.
3.    Programa de Educação Financeira e Previdenciária
Sobre este item não há necessidade de se tecer maiores comentários pelo fato de que os associados não o conhecem, não sabem o seu conteúdo e nem tampouco a que se destina.
4.    Programa Synfonia
Também não representa a realidade dos fatos afirmar que quando a atual Diretora-Presidente assumiu (contando em seu mandato, deva-se dizer, com todos os Diretores anteriores), encontrou “uma máquina com muitos defeitos, que precisava de muitos ajustes internos” e que “não havia preocupação e nem a condição de dar respostas aos associados porque o sistema informatizado era lento e estava ultrapassado”.
A informação prestada leva à conclusão de que o sistema foi mudado e atualmente existe outro que possui agilidade e se sobrepôs com qualidade ao que existia.
Isto não é verdade, pois o sistema que hoje funciona é o mesmo que foi implantado pela Direção da CAPESESP há 22 anos e, deva-se dizer, ainda vem sendo utilizado, ressaltando-se ainda que foi desenvolvido e aprimorado por todo este tempo diretamente pelos profissionais da CAPESESP.
É importante destacar, ainda, que a afirmativa do texto induz a uma conclusão de que a decisão pela mudança do sistema, que efetivamente se encontrava sobrecarregado, consistiu em uma decisão da Diretora-Presidente que acabara de assumir o novo mandato, o que é uma informação equivocada.
A realidade dos fatos é que desde o mandato do Diretor-Presidente que a antecedeu, este problema vinha sendo atacado, com diversas medidas para solucioná-lo, inclusive com a contratação de empresa especializada para realizar diagnóstico da situação e início do processo de mudança do sistema.
Dados estes esclarecimentos, vale dizer que a empresa que foi contratada para realizar esta migração dos sistemas informatizados da CAPESESP tinha um prazo até dezembro de 2011 para colocar tudo em prática e até hoje não atendeu ao objetivo do contrato. Desde o início dos trabalhos, já foi gasta uma quantia superior a 2 milhões de Reais.
5.    Mapeamento de Competências
É verdade que a satisfação dos colaboradores com a empresa se reflete no atendimento prestado aos associados. Ao tratar deste item, o que o texto publicado não diz é que em nenhum momento de sua história, o clima interno na Entidade foi pior. À exceção de uns poucos empregados alinhados com a atual gestora, a grande maioria composta pelos demais revela profundo desgosto com o que vem ocorrendo.
E os motivos para isto são diversos. Seja a sobrecarga de trabalho pela rotina inadequada e mal planejada, a complicada situação de representar uma empresa que não tem podido honrar os compromissos com seus prestadores de serviços médicos, ou os muitos casos de preenchimento de cargos sem a utilização de processos seletivos, como sempre foi o histórico da CAPESESP.
Vale dizer que a realização de uma Pesquisa de Clima Organizacional foi uma medida que constou no Planejamento Estratégico da Entidade, que foi decidida para ser efetuada em 2010, sendo certo que a sua não efetivação até hoje representa a confissão de que existe um efetivo receio pelos seus resultados.
A CAPESESP sempre dispôs de um quadro de profissionais competente e motivado, por conta do respeito com que todos eles eram tratados. É exatamente por este motivo que a Entidade foi, há muitos anos, referência entre as operadoras de autogestão, e sempre foi reconhecida pelos associados e pelos prestadores de serviços como constantemente preocupada em honrar seus compromissos contratuais, o que não vem ocorrendo há muito tempo.
6.    Revitalização da Rede Credenciada do CAPESAÚDE
Os números apresentados sobre credenciamentos, assim como as informações fornecidas, são tão mirabolantes que prejudicam uma avaliação deste item.
Usar nestes resultados os números relativos aos convênios de reciprocidade constitui fato distorcido e equivocado, até porque o uso destes credenciados de outras entidades obriga ao pagamento de uma taxa suplementar, proporcionando substancial despesa adicional, não mencionada no texto em análise.
A verdade efetiva que se pode ter da rede credenciada é de que jamais se viu uma quantidade tão grande de prestadores de serviço informando, quando contatado, que, mesmo constando na listagem do CAPESAÚDE, não estão atendendo aos associados do Plano. Esta situação vem sendo retratada continuadamente por um número cada vez maior de pessoas.
Diante disso, não adianta dizer que a listagem da rede credenciada conta com uma quantidade grande de médicos e estabelecimentos se estes não querem atender os associados do plano, certamente por não estarem recebendo em dia as faturas que enviam para pagamento.
7.    Cobertura de Todos os Transplantes
A informação de que quando a Diretora-Presidente assumiu a CAPESESP somente os transplantes de córnea e rins eram cobertos consiste em um afirmativa que, intencionalmente, omite uma situação real e efetiva.
Isto porque ela própria sabia que, apesar de constar formalmente no Regulamento do Plano apenas estes dois tipos de transplantes, o CAPESAÚDE já cobria, sem negativa, todas as formas que se apresentavam como demandas, tanto que já tinha atendido transplantes de medula óssea, de intestino, de coração e outros mais, sempre na interpretação positiva dos então dirigentes de que a existência do CAPESAÚDE era para contemplar as necessidades dos associados e não para restringi-las quando ocorressem.
O maior exemplo disso foi o fato de que quando a ANS decidiu que os Planos como o CAPESAÚDE, por serem de autogestão, deveriam cobrir todos os transplantes, a Diretoria Executiva incluiu imediatamente esta medida no Regulamento do Plano, já que não haveria custo adicional, tendo em vista que esta forma de atendimento já vinha sendo coberta.
8.    Novos Patrocinadores
A proposta de se assinar convênios com novos patrocinadores, deva-se dizer, consistiu em uma iniciativa louvável, constante do atual Estatuto da Entidade. O interessante é que a Diretora-Presidente, intencionalmente, não informou que esta providência foi aprovada na gestão do seu antecessor Eduardo Inácio.
Quanto aos resultados desta medida pode-se dizer que, em termos práticos, foi um fracasso, como será demonstrado no quadro a seguir:

NOVA PATROCINADORA
QUANTIDADE DE BENEFICIÁRIOS
Universidade Federal de Pernambuco
757
Universidade Federal de Goiás
158
Universidade Federal de Campina Grande - PB
259
TOTAL
          1.174
Como se verifica, o total de novos beneficiários conseguidos com esta medida foi de apenas 1.174 pessoas, em um quantitativo de 3 patrocinadoras. Este número corresponde a menos de 18% da quantidade de desligamentos do CAPESAÚDE apenas no mês de novembro último, que foi de 6.639.
9.    Central de Atendimento Telefônico
A terceirização do serviço, não foi, comprovadamente, a melhor opção para resolver o problema de sobrecarga do antigo Serviço de Atendimento ao Associado, pois ainda são inúmeras as queixas.
Deste modo, o mais adequado é trazer esta atividade para o âmbito interno da CAPESESP, o que já vai gerar uma redução de despesa, pois o mesmo trabalho poderá ser efetuado com uma quantidade bem inferior de profissionais do que a que hoje está sendo paga à empresa que fica em São Paulo.
O fato dos atendentes voltarem a ser do quadro da CAPESESP, além de estarem fisicamente em suas dependências, gerará condições para que sejam continuadamente treinados e reciclados.
A designação de uma chefia experiente propiciará que eles estejam sempre monitorados e atualizados. Além disso, serão orientados a trabalhar seguindo a política de valorização dos associados, tendo-os efetivamente como o objetivo maior da Entidade.
CONCLUSÃO
Um bom resumo das realizações do atual mandato pode ser encontrado nas palavras da própria Diretora-Presidente, contidas na mensagem de final de ano publicada no editorial do Jornal Conexão, quando afirma que “o verdadeiro milagre da renovação é ter a oportunidade de avaliar todos os projetos que não saíram da maneira que esperávamos e planejar de que forma eles poderão dar certo da próxima vez. É ter a chance de começar de novo”. Resta saber se a Entidade pode continuar a suportar tantos equívocos com todas as suas implicações.
Aproveitamos esta oportunidade para apresentar as nossas desculpas pelo fato de termos indicado a atual Diretora-Presidente à votação dos associados o que, lamentamos dizer, já nos arrependemos há muito tempo.
Estas eram as considerações que tínhamos a apresentar, ao tempo que deixamos nas mãos e nas mentes dos associados avaliar como se mostra a atual situação e decidir o que é melhor para o futuro da CAPESESP.

Cassimiro Pinheiro Borges            Eduardo Inácio da Silva                Walton Vieira de Nóvoa

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